segunda-feira, 27 de julho de 2009

CULTURA: Nostálgico "A Era do Rádio" no CineSesc Arsenal nesta terça-feira

Apreciadores das histórias envolvendo os bastidores e a criação de mitos no rádio tem programa garantido nesta terça-feira (28/07): o CineSesc Arsenal exibe, às 19:00h, o filme “A Era do Rádio” (Radio Days. EUA. 1987. 88’), de Woody Allen. Allen é o cineasta-tema do projeto “Imagens em Pauta”, que consiste na exibição de filmes de diversas estéticas e cinematografias, precedida de informações que contextualizam autor e obra, com o objetivo de aproximar público e filme, além de estimular o hábito de conversar sobre cinema.

“A Era do Rádio” conta as lembranças de um garoto (Seth Green) e sua família judia em Nova Iorque, durante a Segunda Guerra Mundial. Woody Allen narra alguns episódios fictícios do tempo de ouro do rádio norte-americano, e também conta histórias, como se fosse o protagonista, relembrando a infância permeada pelos programas de rádio da época, quando o rádio tinha um papel preponderante como veículo de comunicação de massa.

Allen dramatiza uma das mais famosas histórias do rádio: a reação causada pelo programa de Orson Welles, inspirado no livro “A Guerra dos Mundos”, de H.G. Wells. Em 1938, Orson Welles transmitiu um programa especial simulando uma série de relatos sobre invasões alienígenas à Terra. O programa causou tanta repercussão que alguns norte-americanos, assustados com a notícia, cometeram suicídio.

O filme mostra como toda a população norte-americana acompanhou apreensivamente a narrativa do ataque à base naval de Pearl Harbor e o resgate de uma menina que tinha ficado presa no fundo de um poço. Woody Allen também explora bem o rádio como forma de lazer, quando mostra o cotidiano da família do filme sempre permeado pela escuta atenta de seus programas de rádio favoritos.

O filme também apresenta a trajetória da aspirante a estrela do rádio, Sally White (Mia Farrow), juntamente com as desventuras de Tia Bea (Dianne Wiest) em sua incessante busca por um companheiro. Outras histórias demonstram o imaginário produzido no público pelo rádio: em “O Vingador no Rádio”, os ouvintes acreditam que o astro do programa possui atributos semelhantes aos de um super-herói; na vida real, entretanto, ele é baixo, pouco atraente e careca.

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