
Ophir classificou de esdrúxula a decisão de Julier de determinar o afastamento do presidente da OAB-MT, Francisco Faiad, por tráfego de influência, após o advogado Fernando Henrique Ferreira Nogueira apresentar um mandado de segurança contra o então presidente da Ordem, na Justiça Federal, nesta terça (11), data em que é comemorado o Dia do Advogado. “Faiad foi afastado em um ato impensado do magistrado e com viés ditatorial. A decisão não honra a história da magistratura brasileira, é esdrúxula e não seria tomada por um novel de Direito”, disparou.
Ele disse que, para conceber o mandado de segurança, os juízes precisam analisar se há prova pré-constituída. Afirmou que essa medida judicial não tem a finalidade de afastar presidentes de entidades representativas, mas sim de anular atos prejudiciais. Segundo Ophir, Faiad é o primeiro presidente de uma das seccionais da OAB a ser afastado do cargo na história do País. “Nem na época da ditadura se ousou fazer isso. O estatuto da OAB, que é uma lei federal, estabelece que somente o Conselho Federal pode afastar ou restituir o presidente do cargo. Eles não podem estar a sabor das decisões judiciais se não houver comprovação de direito líquido e certo”.
Ophir vai se reunir, ainda nesta quinta, com o juiz federal em Mato Grosso, Jefferson Schneider. O presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, irá despachar com o presidente do TRF da 1ª Região, em Brasília, Jirair Aram Meguerian. Britto também era aguardado na sede da OAB-MT, mas devido a um problema de conexão do voo Brasília-Cuiabá, em São Paulo, não pôde comparecer. Ele recorreu ao TRF da 1ª Região, nesta quarta (12) pela tarde, contra a determinação de afastamento de Faiad expedida por Julier.
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