quarta-feira, 19 de agosto de 2009

FURO DO ENOCK: Membro da maçonaria rompe anonimato e faz novas denúncias contra desembargadores e juízes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso


(Enock Cavalcanti - Página do E) O Movimento Organizado pela Cidadania e Moralidade Pública - MORAL e o Movimeno de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE encaminharam ao ministro João Otávio de Moronha, do Superior Tribunal de Justiça, e ao ministro Gilson Dipp, do Conselho Nacional de Justiça, cópia de documento interno da Maçonaria de Mato Grosso, ao qual tiveram acesso, que mostra que também entre os maçons mato-grossenses é grande a insatisfação com a prestação de contas fornecida até agora pelo desembargador e ex-grão mestre da Maçonaria, José Ferreira Leite, com relação às obras do Templo Maçonico da Grande Oriente de Mato Grosso, na Avenida do CPA, cercadas de grande polêmica.

Repudiando a opção de quem acusa utilizando-se do anonimato, o documento encaminhado pelo MORAL e MCCE é assinado pelo maçom Jarbas Ferrari Junior. Jarbas denuncia que as contas de José Ferreira Leite foram aprovadas sem que se conhecesse o seu teor, e reivindica que seja tudo detalhado para o conjuntos dos irmãos maçonicos, inclusive com a apresentação de notas fiscais dos materiais e serviços empregados na construção do Templo, e os respectivos comprovantes de pagamento mediante apresentação de cópia micro-filmada dos cheques emitidos.

Jarbas Ferrari aponta também divergência entre os números das movimentações financeiras que o desembargador José Ferreira Leite diz ter comandado na Grande Oriente de Mato Grosso e os números que constam dos relatórios da Receita Federal. A partir da dúvida levantadas no interior da própria Maçonaria, o Moral e o MCCE argumentam que é praticamente certo "que a Ordem Maçonica não teve recursos financeiros para construir o esplendoroso Palácio, estando hoje ele a cobrir de vergonha os homens de bem que integram a Maçonaria em Mato Grosso".

Como fato novo, o MORAL e o MCCE apresentam o fato de que o juiz Antônio Horácio da Silva Neto também teve ativa participação nas suspeitas atividades relacionadas com a construção do prédio em que funciona a sede do Grande Oriente de Mato Grosso. É que, além compor o staff do desembargador José Ferreira Leite no TJ-MT, o juiz Antonio Horácio também presidia, dentro do Grande Oriente, a Assembléia Legislativa Maçonica, organismo responsável pela fiscalização das contas e do orçamento da referida associação. Dessa forma, o MORAL e o Mcce argumentam que o juiz Antonio Horácio, dada sua atuação na cúpula da Maçonaria, "tinha pleno conhecimento de que o Grande Oriente possuia em caixa muito menos dinheiro do que o que foi realmente gasto na construção." E acrescentam: "É muito improvável que o juiz Antonio Horácio não soubesse e não participasse, mesmo que indiretamente, do esquema montado em benefício do GOEMT".

O MORAL e o MCCE pedem também que o STJ e o CNJ aprofundem investigações para verificar se o desembargador José Ferreira Leite continua de direção e mando na Grande Oriente de Mato Grosso, afrontando decisão do Conselho Nacional de Justiça.

CONFIRA O DOCUMENTO COM AS DENÚNCIAS, NA ÍNTEGRA:
http://www.scribd.com/doc/18835190/CNJ-PAGINA-DO-E-NOVAS-DENUNCIAS-DE-MACON

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