(Rafael Costa - Diário de Cuiabá) Responsável pela defesa do procurador-geral do município, José Antonio Rosa, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Francisco Faiad (foto), criticou as prisões efetuadas durante a Operação Pacenas da Polícia Federal (PF) que investiga fraudes em licitação no PAC de Cuiabá que chegam a R$ 219 milhões. “Não havia necessidade disso, porque todos são primários. Ninguém tinha conhecimento dessa operação e não tiveram envolvimento com esquemas de corrupção. Trata-se de uma medida arbitrária”, criticou.Ele também advoga para os empresários que compõem o consórcio Cuiabano, formado pelas empreiteiras Concremax, Três Irmãos, Lúmen e Gemini e a Ana Virginia de Carvalho, a ‘Naná’. Faiad esteve ontem no final da tarde na sede da Polinter para conversar com seus clientes que até o fechamento desta edição estavam detidos. O advogado Paulo Taques também estava presente, embora tenha declarado que não está prestando serviços jurídicos a nenhum dos acusados.
No papel de presidente da OAB, Faiad criticou ontem pela manhã em evento comemorativo ao Dia dos Advogados as investigações que culminaram na prisão de três advogados. Ele criticou o uso de escutas telefônicas e o que classificou de negação ao direito de defesa, que seria o depoimento das partes envolvidas. “Isso não é o Estado democrático de direito”, afirmou.
Faiad lembrou que nos quase seis anos de seu mandato a OAB jamais deixou de defender advogados presos, destacando que a advocacia precisa reagir contra essas ações policiais que ferem o Estado Democrático de Direito. “Às vezes com erros, às vezes com acertos. Muito mais com acertos. E, independente de acerto ou de erro, vou estar sempre ao lado do advogado. De qualquer um que seja”. Ontem à tarde, ele conversou com os clientes que estavam presos na Polinter e que o advogado Ulisses Rabaneda protocolou ontem o pedido Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal, 1ª região, em Brasília.
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