Wallace sai do DEM; PV e PMDB são os mais cotados

O deputado estadual Wallace Guimarães (DEM) afirmou que vai esperar até o fim desta semana para decidir em qual partido deve ingressar. Em uma reunião com seu grupo político, realizada na noite de anteontem, Wallace decidiu que sua saída do Democratas é irrevogável, diante dos celeumas internos, o que faz o parlamentar se sentir preterido na disputa eleitoral do ano que vem.

Wallace admitiu conversas com o PMDB, PSB, PSDB e PP. No entanto, prefere fazer mistério com relação à sigla que vai se filiar. Embora negue publicamente, as especulações dão conta de que ele deve se filiar no PMDB, convidado pelo vice-governador Silval Barbosa.

O parlamentar admitiu que conversou com Silval Barbosa sobre um possível ingresso na sigla peemedebista. Mesmo assim, disse que não há nada confirmado. “Eu prefiro não alimentar essas especulações até para não prejudicar os partidos que eu estou conversando. Vou me posicionar só quando minha filiação estiver concretizada e definida”, argumentou o ainda democrata.

Ele admitiu conversas com o presidente do diretório estadual do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, com a deputado federal Thelma de Oliveira (PSDB) e com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual José Riva (PP).

O deputado solicitou uma carta de liberação à Executiva Regional do partido. Mas, não houve entendimento entre a sigla e o deputado, com relação ao texto do documento. Até ontem, Wallace permanecia nos quadros do DEM, mas deve protocolar hoje o seu pedido de desfiliação.

Mesmo depois de trocar de sigla, o que a princípio contrataria a regra de fidelidade partidária, Wallace acredita que não sofrerá punições como a perda do mandato eletivo por infidelidade partidária.

Isso porque, na avaliação dele, está trocando de partida por uma justa causa, brecha existente na atual legislação. Wallace justifica que desde as eleições do ano passado, quando teve sua candidatura a Prefeitura de Várzea Grande preterida, vem sofrendo retaliações dentro do partido.

Ele cita, por exemplo, o fato de ter respondido a um processo de desfiliação movido pelo ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Julio Campos, que acusou Wallace de infidelidade partidária por não apoiar sua candidatura no pleito do ano passado. “Não apoiei o outro candidato, apenas não participei da campanha em Várzea Grande, mas estive no interior apoiando os candidatos do DEM”, justificou.

O parlamentar lembrou ainda do fato da cúpula do partido ter publicado uma lista de pré-candidatos a deputado estadual onde não aparece seu nome. “Se não tenho a certeza de que o partido vai me lançar como candidato, eu tenho que procurar um partido que me dê espaço”, analisou o parlamentar.