
Dessa forma, o relator do recurso deve se pronunciar, nos próximos dias, sobre o pedido de liminar formulado pelo advogado Sérgio Bermudes, responsável pela defesa de Travassos, que pede a suspensão da decisão do CNJ. No mérito, o magistrado pode a anulação do julgamento e, consequentemente, da decisão que aposentou três desembargadores e sete juízes do TJ de Mato Grosso.
Além dele, a juíza Maria Cristina de Oliveira Simões também protocolou o mesmo recursos no Supremo. Seu pedido de liminar, entretanto, ainda não foi apreciado. O relator também é o ministro Celso de Mello, que já pediu informações ao CNJ para decidir sobre o recurso de Simões.
Diferentemente de Travassos, o advogado responsável pela defesa de magistrada, Alexandre Slhessarenko, protocolou embargos de declaração no CNJ. Entretanto, o órgão não se posicionou sobre o pedido e o classificou de "prejudicado". A resposta do CNJ em negar os questionamentos feitos pela defesa será usado pela defesa da juíza no recurso que foi protocolado no STF.
Travassos, Simões e mais oito magistrados foram punidos com aposentadoria compulsória (obrigatória) pelo Conselho Nacional de Justiça, após responderem a um processo administrativo disciplinar que apurou o envolvimento dos membros do TJ num suposto esquema de desvio de recursos para salvar um cooperativa de crédito ligada ao Grande Oriente do Estado (GOE), potência maçônica comandada pelo ex-presidente do TJ, desembargador Ferreira Leite. O esquema teria acontecido entre os anos de 2003 e 2005, quando Ferreira Leite era grão-mestre do GOE e presidente do Tribunal.
A denúncia do esquema veio à tona depois de investigações comandadas pelo ex-corregedor-geral de Justiça, desembargador Orlando Perri, durante a gestão do desembargador Paulo Lessa.
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