domingo, 28 de junho de 2009

Depois de um ano e meio da morte de Rosimere durante lipo, Justiça protela sentença do médico Samir Kehdi; processo está inacessível

O cirurgião plástico Samir Kehdi (foto) ainda não foi julgado pela morte da gerente comercial Rosimere Aparecida Soares, morta no dia 22 de dezembro de 2007 enquanto fazia uma lipoaspiração com o médico. Segundo a necropsia e uma exumação do corpo, ela teve a veia cava perfurada. O processo corre na 10ª Vara Criminal de Cuiabá e é instruído pela juíza Maria Cristina de Oliveira Simões.

Durante inquérito policial conduzido pela delegada Ana Cristina Feldner, do Cisc Verdão, Samir Kehdi foi indiciado por homicídio culposo com aumento de pena por inobservância de regras técnicas. Durante uma inspeção em sua clínica, peritos da Politec constaram graves irregularidades como o não-funcionamento do equipamento gerador.

Os advogados de Kehdi tentaram colocar o processo em segredo de justiça. No entanto, uma decisão do Tribunal de Justiça revogou o sigilo. Mas, mesmo com a decisão do TJ, o acompanhamento processual não consta no site do Tribunal, como acontece com os demais. O fato demonstra uma nítida truculência da comarca de Cuiabá que esconde o processo que, na verdade, foi movido pelo Ministério Público Estadual. O blog tentou, por várias vezes, acessar o acompanhamento processual pelo site e não conseguiu.

Reportagem do Diário de Cuiabá, veiculada no dia 24 de agosto do ano passado, já relatava a inacessibilidade do processo na 10ª Vara Criminal. (CLIQUE AQUI). Já foram ouvidos todos os envolvidos: testemunhas de acusação e defesa e o interrogatório do réu. As alegações finais já foram apresentadas pelas duas partes e a família aguarda a sentença final.

Além do processo criminal, Samir ainda responde uma sindicância junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM). No entanto, por conta do corporativismo do órgão que acoberta casos de erros médicos, o cirurgião deve sair ileso da investigação administrativa.

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