Por Enock CavalcaniO Promotor Ezequiel Borges escreveu um texto pretensamente para rebater meus questionamentos e para demonstrar que, no caso do Getúlio, ele estaria, como representante do Ministério Público, optanto pela prioridade certa. Eu discordo e entendo, humildemente, que tenho este direito. Tenho direito de ter uma opinião e manifestá-la - as leis do meu País me garantem este direito. Tenho direito, sim, numa comunidade tão conflitada como é a comunidade de Cuiabá, de questionar as prioridades adotadas por agentes públicos como o promotor Ezequiel Borges que deve atuar priorizando o interesse maior da coletividade.
A manifestação do promotor Ezequiel Borges me faz parecer que ele é um daqueles que gosta de pontificar como professor de Deus. Imagina que, por abordar a questão e colocar em xeque as suas prioridades eu estaria "inflamado", "em transe" - como se discutir e avaliar o comportamento de autoridades autoritárias do Ministério Público não fosse para nós, jornalistas, mera rotina como discutir e avaliar o comportamento de autoridades autoritárias do Legislativo, do Executivo, do Judiciário. Ao se sentir exposto, ao invés de demonstrar humildade, o promotor ataca e procura desqualificar quem o questiona.
É ou não é um caricato professor de Deus?! Só ele teria a verdade, nós, os outros, seriamos os errados, os burros, os mal intencionados. Contra o que Ezequiel Borges relaciona como fatos, temos o material jornalistico divulgado pelo Midia News que demonstra que, ao contrário do que diz o promotor, houve, sim, interesse do Getúlio Grill e de seus advogados em negociar um TAC sem que tenham tido oportunidade de fazê-lo. Em entrevista coletiva que concedeu, no dia 28 de maio, ao lado do seu advogado Ulisses Rabaneda, Afonso Salgueiro respondeu que não compareceu para celebrar o tal acordo simplesmente porque não teria sido citado. Ezequiel Borges garante, sem tugir nem mugir, que seu convite para a formulação de um TAC foi desconsiderado solenemente. Vejam que é a palavra do empresário e de seu advogado contra a palavra do promotor.
Para que o caso se esclareça, neste aspecto - e é isso que buscamos garantir - é preciso que apareça uma citação válida de Afonso Salgueiro. O promotor Ezequiel Neves, pelo tom autoritário como se manifesta - sim, vejam que para ele a decisão do desembargador Sebastião de Moraes Filho foi açodada e temerária. O promotor de Justiça demonstra, assim, um absoluto desrespeito pelas convicções do desembargador e só bota fé na decisão do juiz de primeira instância, José Zuquim, aparentemente porque esta decisão lhe foi favorável. Quer dizer, quem é que adota, neste caso, atitudes levianas? Eu, que abro a discussao sobre uma ação que entendo açodada do Ministério Público ou o promtor de Justiça Ezequiel Borges que, sem mais aquela, assegura que o desembargador Sebastião de Moraes Filho, que tem assento no pleno do nosso Tribunal de Justiça, toma atitudes açodadas e temerárias?
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