
Como mostrou o site Congresso em Foco, o colaborador de Fernando Sarney viajou de Brasília para São Paulo transportando uma mala - com conteúdo não identificado pela Polícia Federal - por meio de uma passagem da cota de Abicalil. Ele e Valadares demitiram os assessores apontados pela comissão de sindicância da Câmara, que resultou na abertura de processo administrativo disciplinar contra os ex-auxiliares dos deputados.
De acordo com os parlamentares, o relatório diz que o bilhete do auxiliar de Fernando Sarney, Marco Antônio Bogéa, foi comprado na agência de Pedro Damião Pinto Rabelo. Era julho de 2008 e Bogéa foi seguido pela Polícia Federal, que investigava os passos de pessoas ligadas a Fernando Sarney na Operação Boi Barrica.
Segundo o relatório, Damião emitiu a passagem com um crédito fornecido pelo então assessor de Valadares, José Ribamar de Abreu. Por sua vez, Ribamar "emprestou" a cota do então chefe de gabinete de Abicalil, Manfred Rodriguez, que, como ele, trabalhava no 6º andar do Anexo IV da Câmara. Procurado pela reportagem, Damião não retornou os recados em seu celular. Ribamar e Manfred não foram localizados.
R$ 3 mil
Abicalil afirmou que Manfred emprestou R$ 3 mil em créditos a Ribamar. Entretanto, não informou ao chefe sobre a operação. O parlamentar afirma que o servidor não lhe convenceu ao explicar por que tudo foi feito à sua revelia. "Ele falou da confiança entre nós", contou Abicalil, que demitiu Manfred no último dia 6.
Os dois deputados disseram-se satisfeitos com o resultado da investigação da Câmara, porque mostra que eles não tiveram culpa pelo mau uso das verbas a que têm direito. "O papel fundamental foi desvendar esse esquema criminal", afirmou Valadares ao Congresso em Foco.
Segundo o parlamentar sergipano, Ribamar negou que tivesse vendido a cota para Pedro Damião. "Os dois dizem que não conhecem o Damião", conta o deputado.
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