terça-feira, 22 de setembro de 2009

Alencar Soares deve se aposentar do TCE nos próximos dias; Sérgio Ricardo assume vaga

(Diário de Cuiabá) Conjecturas dão conta de que o conselheiro Alencar Soares deve pedir aposentadoria compulsória do Tribunal de Contas do Estado ainda nesta semana e dar espaço para que o deputado estadual Sérgio Ricardo (PR) assuma o cargo. Embora negue publicamente, correligionários e lideranças do PR dão como certa a indicação do republicano no TCE.

Antes disso, Sérgio Ricardo deve ser sabatinado pelos colegas parlamentares na Assembleia Legislativa nos próximos dias. Depois de ter seu nome aprovado pela maioria simples do plenário, seu nome vai a sanção pelo governador Blairo Maggi (PR), a quem cabe dar a martelada final. Ocupando cargo no Tribunal de Contas, desde 2006, Alencar Soares deve perder a pensão vitalícia de conselheiro, caso se aposente do órgão nos próximos dias. De acordo com a atual legislação, para ter direito ao benefício, o conselheiro deve permanecer no cargo por, pelo menos, cinco anos.

As articulações de Sérgio Ricardo teriam começado depois do iminente “sufocamento” partidário que o parlamentar tem enfrentado em sua sigla. Apesar de se colocar como candidato ao governo do Estado, Sérgio é preterido pela cúpula republicana. O próprio presidente da Executiva Regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, reconheceu durante o encontro regional da sigla, realizado na semana passada, a articulação para que Sérgio Ricardo assuma o posto de conselheiro do TCE. Ao ser questionado sobre a recusa da candidatura majoritária de Sérgio Ricardo, Fagundes afirmou que não havia nenhuma candidatura oficialmente declarada.

“Ninguém colocou o nome oficialmente. O Sérgio nunca colocou oficialmente. Ele conjecturou candidatura ao governo, ao Senado, mas nunca confirmou, até porque existe a possibilidade do TCE”, declara Wellington Fagundes. No entanto, Sérgio Ricardo se empenha em negar qualquer articulação rumo ao TCE. Cargo cobiçado pelo caráter vitalício, caso chegue ao Tribunal, Sérgio trocará o salário de deputado de cerca de R$ 16 mil pelos mais de R$ 22 mil recebidos pelos conselheiros do TCE, além de outras regalias do cargo, que é considerado e tem status semelhante ao de desembargador.

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