
(O Documento) O administrador do Goiabeiras Shopping, Arnaldo Felício, revelou em oitiva realizada na Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, que ponto em que o vendedor ambulante Reginaldo Donnan Queiroz foi abordado pelos seguranças Ednaldo Rodrigues Bello e Jeferson Luiz Medeiros corresponde a um "ponto cego", onde as câmeras de segurança registram imagens.
Reginaldo foi abordado na loja Beto Sports. A fachada do estabelecimento seria o "ponto cego" citado pelo administrador. No entanto, Arnaldo Felício afirma que o fato da abordagem ser realizada num local onde as câmeras de segurança não registram imagens "trata-se de uma coincidência".
O administrador do Goiabeiras ainda disse que num primeiro momento, o posicionamento dos seguranças com relação a abordagem do ambulante "fazia sentido" com relação as imagens do circuito interno de segurança. Ele ainda negou que Reginaldo foi alvo de preconceito pela equipe de segurança do shopping. "A abordagem foi realizada em função dos produtos que ele portava", afirmou.
Na oitiva, ainda estiveram presentes a delegada que preside as investigações, Ana Cristina Feldner, e o diretor geral da Polícia Civil em Mato Grosso, José Lindomar. A delegada afirmou que poucas revelações podem ser feitas neste momento, uma vez que foi decretada o sigilo das investigações. "Não queremos cometer uma nova injustiça e também proporcionar aos acusados a defesa antecipada", justificou.
Segundo ela, a apuração dos fatos está em fase final. Ela aguarda apenas os resultados dos laudos e perícias para encerrar os trabalhos. "Temos 30 dias para encerrar o inquérito e não será necessário uma rporrogação", afirmou.
Vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, o deputado Maksuês Leite (PP) cobrou celeridade nas investigações da morte do ambulante. "Este caso não pode passar impune. É o sentimento de impunidade é o que motiva a prática de crimes", analisou. Já o presidente da Comissão, deputado Guilherme Maluf (PSDB), anunciou que estará acompanhando o caso e cobrando punições aos culpados. Maluf alertou que o caso ainda motivará discussões sobre a regulamentação dos seguranças privados no Estado.
O debate entre deputados, autoridades policiais, emtidades da classe de vigilantes e seguranças e a administração do Goiabeiras foi acompanhado pela família e amigos de Reginaldo. Com faixas e cartazes, eles pediram Justiça e punição aos culpados. "Meu filho não era bandido e saiu morto do shopping. Hoje tenho medo de frequentar um abiente desse", afirmou a mãe de Reginaldo, Odilza Queiroz.
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