
O título provisório do livro é "Armação Maçônica". Segundo o juiz aposentado, ele será editado por uma editora local, terá data de lançamento, com direito a coquetel, e será distribuído a livrarias de vários Estados. Antônio Horácio pretende fazer com que sua versão para o episódio convença a opinião pública de que a decisão do CNJ foi injusta. "Quero resgatar a verdade dos fatos. Fomos perseguidos e afastados em função de um contexto artificial, criado a partir de uma acusação sem lastro e com forte motivação pessoal. E o pior é que o CNJ se deixou contaminar pela pressão da imprensa e da opinião pública", afirmou.
O ex-magistrado afirmou que começou a escrever o livro desde janeiro. "Já escrevi 192 páginas. Estou armazenando e compilando todos os dados oficiais, além dos bastidores e das manobras realizadas para nos condenar. Mas não vou escrever pelos demais magistrados afastados. Será apenas a minha versão, sob o meu olhar", afirmou.
Devassa e recurso
Antônio Horácio irá citar no livro, por exemplo, a relação de todos os magistrados que receberam recursos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. "Vou relacionar os valores, as datas e a discriminação dos pagamentos. Isso para deixar evidente que fomos pegos como bodes expiatórios, pois se fomos punidos, porque o mesmo não aconteceu com outras dezenas de magistrados?", questionou.
O juiz aposentado afirmou que fizeram uma "devassa" em sua vida, com quebra de sigilos fiscal, telefônico e patrimonial. "Não encontraram nada. O CNJ nos afastou de maneira irresponsável. Durante o julgamento, pude perceber que os conselheiros sequer leram a minha defesa. Faltou responsabilidade e ética. Minha vida virou de cabeça para baixo e não vou admitir que a minha versão não seja dada. A Justiça precisa ser resgatada", afirmou.
A exemplo de outros magistrados afastados, Antônio Horácio deverá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do CNJ.
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